22 abr Meritocracia – otimizando resultados
Um dos pilares do sucesso empresarial é a eficiência na gestão de pessoas. Diante disso é de fundamental importância o aprimoramento desta gestão, através de mecanismos de atração, retenção e desenvolvimento de talentos, com a elaboração de estratégias que busquem aumentar o desempenho e produtividade. Podemos dizer que uma das ferramentas para a obtenção dos objetivos anteriores e otimização dos resultados é a meritocracia.
Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) é a forma de governo baseada no mérito, significando basicamente capacidade somada ao esforço pessoal. Os colaboradores, nesse processo, sentem-se mais seguros e motivados, por haver transparência nos objetivos e nas metas da organização, fatores estes que propiciam um maior engajamento e comprometimento, conseqüentemente melhorias nos resultados.
No inicio de minha carreira profissional, as companhias em seu processo de meritocracia utilizavam apenas as metas de processo, ou seja, melhoria em um determinado processo da área do avaliado, implantação de uma nova ferramenta de gestão, conclusão de um projeto, dentre outros. Uma forma bem objetiva, na qual o colaborador alcançando seus resultados individuais era remunerado por isso. Em um segundo momento, além das metas de processos e resultados individuais, as companhias passaram a se preocupar também com a forma com que estes resultados estavam sendo alcançados, avaliando seu custo beneficio. Resultados conquistados a qualquer custo para companhia e com grande desgaste para os envolvidos no processo passaram a ser questionados. As companhias passaram a incluir na gestão do processo de meritocracia metas de competências emocionais (ex.: administração de conflitos, iniciativa) e profissionais, (ex.: conhecimento da cadeia de valor do negócio, domínio de uma determinada legislação do setor de atuação da companhia onde o profissional trabalha), avaliando o profissional na sua capacidade de catalisar mudanças, e não somente na sua capacidade de execução de tarefas, ou seja, nas suas possibilidades de implementação e criação, fatores que intervêm diretamente no resultado da companhia . Desta forma e por alguns anos, foi como eu pude perceber a evolução do sistema de meritocracia. Mais recentemente, algumas companhias estão incluindo uma outra vertente no processo de meritocracia, o resultado da equipe. Na edição de outubro de 2010 do Valor Carreira, uma grande companhia explica que a apuração final do resultado individual é “representado pela equação AxBxC=$, onde A é o resultado da companhia, B avaliação pessoal do funcionário e C, a nota da equipe. Como se trata de uma multiplicação, se A,B ou C forem iguais a zero ou tiverem um valor muito baixo, o resultado final fica comprometido”. Particularmente, é uma visão interessante que fortalece o espírito de equipe, o foco no resultado e a superação pessoal. Quanto as formas de recompensas, podemos elencar premiações, viagens, cursos, patrocínio em especialização profissional, horários flexíveis de trabalho, dentre outros.
Entendo que um processo de meritocracia bem desenhado e alinhado aos objetivos estratégicos da companhia resulta em um time satisfeito, liderança de primeira linha, incremento nos resultados e crescimento da organização, proporcionando, portanto, resultados fabulosos. Pensem nisto.
Ivan Alves Martins é diretor da Ferreira Costa & Cia Ltda e Vice presidente de Administração e Tecnologia da Informação do IBEF Pernambuco
E-mail: ivan_martins30@hotmail.com
Linkedin: http://br.linkedin.com/pub/ivan-martins/1/171/a51
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