Sustentabilidade da economia brasileira e pernambucana só é possível com o fim de antigos problemas fiscais e de infraestrutura

Sustentabilidade da economia brasileira e pernambucana só é possível com o fim de antigos problemas fiscais e de infraestrutura

Sustentabilidade da economia brasileira e pernambucana só é possível com o fim de antigos problemas fiscais e de infraestrutura

Executivos pernambucanos se reuniram, no dia 10 de maio, no auditório do JCPM Trade Center, para participar de mais um café da manhã promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-PE). O senador Armando Monteiro Neto (PTB) foi o palestrante convidado para falar sobre “Os desafios para garantir a sustentabilidade do ciclo de crescimento do Brasil e de Pernambuco”. Para ele, o futuro da economia brasileira e pernambucana dependem do fim de antigos problemas fiscais e de infraestrutura. O evento aconteceu no auditório do JCPM Trade Center.

Segundo o senador, a política fiscal brasileira não está coerente com a política monetária. Ele lembrou que o Brasil só alcançou a relativa estabilidade econômica porque nos últimos anos, os governos preservaram a política macroeconômica com base no superávit primário, controle de inflação e sistema de câmbio flutuante. Ao mesmo tempo, o país deixou de fazer ajustes fiscais, de reduzir os gastos com a máquina pública – principalmente com a Previdência Social – e de realizar investimentos importantes em infraestrutura. “O Brasil continua crescendo pouco porque apenas 18% do seu Produto Interno Bruto (PIB) é reinvestido, enquanto a média mundial de investimento do PIB é de 20% a 22%. A China investe 40% do PIB”, comentou.

Outro desafio, segundo Monteiro Neto, é elevar a poupança doméstica e reduzir e as despesas obrigatórias do Governo Federal. Cerca de 10% do PIB Brasileiro, por exemplo, é destinado ao pagamento da Previdência Social. Para ele, alguns avanços ocorreram, mas é necessário realizar uma nova geração de reformas e, por outro lado, reduzir a carga fiscal das empresas. Ele defendeu a redução do Custo Brasil para ampliar a capacidade das empresas produzirem. “O desafio da próxima década é garantir a sobrevivência da indústria nacional a partir da redução dos custos sistêmicos e desenvolver uma agenda da inovação, baseada na educação, que precisa ser crescente para termos ganhos futuros”, declarou.

Outra ação importante seria o desenvolvimento de um sistema tributário de classe mundial, a exemplo do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), aplicado atualmente pela União Européia. O senador foi realista ao declarar que a possibilidade de uma reforma ampla nos próximos anos é nula, mas que mudanças pontuais que aperfeiçoem o ambiente das podem ser feitos, a exemplo da reforma no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), em tramitação no Senado.

No caso de Pernambuco, que vem crescendo pela reindustrialização – na contramão do Brasil que vem obtendo perdas em sua matriz industrial -, a sustentabilidade só está garantida se houver a consolidação de problemas comuns ao resto do País, como as obras de infraestrutura viária para ampliar a competitividade e escoamento do que for produzido. “É necessário investir cada vez mais no capital humano, promover um grande esforço de educação técnica e para a área produtiva. Ainda somos uma economia pequena e fechada. Pernambuco tem um longo caminho para consolidar esse processo”, explicou.

O presidente do IBEF-PE, José Emílio Calado, ficou muito satisfeito com o resultado da palestra. “A explanação do senador Armando Monteiro Neto foi excelente e nos brindou com uma visão clara dos problemas do Brasil e os desafios que temos para superá-los”, comentou. Para Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar, o senador traçou perfis e contextos absolutamente atuais. “Ele evidenciou a necessidade do País eliminar as assimetrias tributárias do ICMS e onde se deve buscar uma neutralidade fiscal para que possa crescer de forma mais sustentável”, detalhou.

O diretor Comercial da Honda em Pernambuco, André Almeida, também elogiou a palestra e a iniciativa do IBEF-PE. “Esse movimento que o instituto vem fazendo é uma demonstração de associativismo. Precisamos estar empenhados, nos reunirmos e discutirmos para poder favorecer, inclusive, as entidades governamentais com ideias, sugestões, com experiências de empresas de outros estados e de outros países para podermos contribuir para a sustentabilidade da nossa economia”, declarou.

O evento reuniu cerca de 100 executivos e profissionais associados e convidados. Entre os presentes na palestra estavam Aguinal Viriato, diretor da Ampla Propaganda; Carlos Eduardo Maçães, diretor da Norlog Logística; Eliézer Menezes,m diretor da Portus Empreendimentos; José Gomes Casimiro, vice-presidente da Associação Comercial; Luciano Almeida, diretor do Cerpe Diagnósticos; Marcelo Guerra, diretor da Frompet; Maria de Lourdes Araújo, presidenta da Unimed Recife; Osório Ferrucci, diretor da Camargo Corrêa; Otávio Moraes, diretor do Cedepe; Paulo Dalla Nora, presidente do Banco Gerador; e Sérgio Moura, diretor da Baterias Moura, entre outros.

O próximo Café da Manhã do IBEF-PE será realizado no dia 29 de maio, também no auditório do JCPM Trade Center.

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