25 out Crise: novo patamar de crescimento
conjuntura crise internacional e as consequências na economia brasileira foi tema do debate “Cenários Brasil 2012”, realizado pelo IBEF SP – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – nesta terça- feira (25) em São Paulo.
A questão da dívida europeia vai além da esfera econômica, englobando a política. Esta é a opinião do economista chefe do banco do Brasil, Élcio Gomes Rocha. “Zona do euro precisa redefinir sua base. Com a Grécia tendo dívida de 160% do PIB, não há como não recorrer à credores privados”. Élcio enfatiza que todos os países que têm a Europa como compradora, estão sendo impactados.
Apesar de o Brasil vir crescendo nos últimos anos impulsionado pela demanda doméstica, esta depende do setor externo. “Para cada 1% de aumento na demanda interna, crescem 4% as importações”, observa o economista chefe do Banco Santander, Maurício Molan. Segundo o executivo, o governo vem realizando o diagnóstico certo. “ O banco Central antecipou choque reduzindo juros, mas gastos públicos ainda estão em 10% ao ano”.
Em relação à crise americana, os Eua deve crescer abaixo do
patamar histórico, de acordo com o economista chefe da Praga Patrimônio, Paulo Tenani. “Estados Unidos vem crescendo abaixo dos 3% desde 2000, no patamar chamado novo normal. A estrutura da crise é mais cíclica do que estrutural como a europeia”.
Para China, economista do BB espera desaceleração, com crescimento abaixo dos 9% ao ano, já que país depende das exportações para Europa e Eua. “China deve crescer pela demanda doméstica que está se desenvolvendo no país”, observa Élcio.
Por Luisa Pascoareli
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