Um grande avanço nas práticas contábeis

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Um grande avanço nas práticas contábeis

A partir do exercício de 2010 todas as empresas de capital aberto (com ações negociadas na Bolsa de Valores). Ficaram obrigadas a apresentar suas demonstrações financeiras conforme as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS). Esse fato coloca as empresas brasileiras no mesmo nível das empresas de outros países, pois agora, as demonstrações financeiras poderão ser comparadas. É sem dúvida mais um grande avanço ao Brasil, que cada vez mais sai de país emergente para um grande “PLAYER” do mercado internacional.
As empresas, os contadores e os auditores estão vivenciando, no encerramento das demonstrações financeiras, uma experiência fantástica, só comparada à edição da Lei das Sociedades Anônimas – Lei 6.404 editada em 1976 e que trouxe grandes mudanças naquela época.

A sofisticação crescente do ambiente de negócios e a adoção das melhores práticas corporativas são metas que as Empresas precisam continuar perseguindo.

O avanço do Brasil rumo ao IFRS se mantém em passos cada vez mais firmes, sob a liderança de organizações que desejam estar sempre sintonizadas aos parâmetros aceitos pela comunidade de investidores internacionais.

Apesar dos progressos, porém, ainda há um longo caminho a percorrer. Às empresas, cabe estudar as novas normas, implantá-las e, sobretudo, vivenciá-las, levando-as efetivamente a compor uma cultura de transformação continua.

A trajetória que permitiu ao Brasil chegar a esse ponto foi longa e teve diversos momentos relevantes que dentre eles pode ser citada a Lei 11.638.

Agora em 2010/2011 chegamos ao grande momento em que as empresas de capital aberto brasileiras aplicam integralmente as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS).

O processo de convergência para o IFRS foi conduzido, no Brasil, pelo Comitê de pronunciamentos Contábeis (CPC) responsável pela emissão de diversos Pronunciamentos Técnicos referendados pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade e órgãos reguladores, tais como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Na prática, esse grande avanço, beneficia muito o ambiente de negócios como um todo, ao oferecer aos diversos investidores e agentes do mercado uma melhor compreensão dos resultados das empresas.

Este é, sem dúvida, um momento de clara transição que precisa se concretizar no dia-a-dia das Empresas, no caminho entre a teoria e a prática.

Todos os envolvidos (contadores, auditores, administradores) notarão que, em alguns casos, as novas demonstrações financeiras serão apresentadas bem diferentes daquelas apresentadas em anos anteriores.

José Emílio Calado é Economista, Contador e Presidente do IBEF Pernambuco


E-mail: jcalado@deloitte.com

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